terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Andebol – Regras básicas para iniciantes

Andebol – Regras básicas para iniciantes

Para todos aqueles que começam a dar os seus primeiros passos na nossa modalidade, nunca é demais relembrar os princípios de jogo, e verdade seja dita, tenho conhecimento de muita boa gente que se esquece de informar estes pequenos e importantes passos, principalmente aos nossos bambis e minis.

Regras Básicas

Como qualquer desporto, o andebol tem regras. Só sabendo e , por sua vez, cumprindo estas regras é que podemos praticar este desporto.

* A equipa de andebol é formada por 7 jogadores de campo (duas pontas, dois laterais, um central, um pivot e um guarda-redes) e tendo um máximo de 7 suplentes.
* a duração dos jogos depende do escalão. No escalão até aos 10 anos (bambis e minis) o jogo dura 40min, duas partes de 20min e um intervalo de 10min; no escalão dos 11 a 12 anos (infantis) o jogo dura 50min, duas partes de 25min e um intervalo de 10min; nos escalões imediatos a partir dos 13anos (iniciados a seniores) o jogo dura 60min, duas partes de 30min e um intervalo de 10min.
* O terreno de jogo tem forma rectangular compreendido entre duas linhas laterais de 40 m e duas linhas de baliza de 20m.

* O sistema de pontuação diz que só é golo quando a bola passa totalmente a linha de baliza.
* A bola é considerada fora quando ultrapassa totalmente as linhas laterais ou as linhas de baliza.
* A bola é reposta em jogo através de: lançamento pela linha lateral, colocando um dos pés sobre a linha lateral onde a bola saiu e o outro fora do terreno; lançamento de canto, ocorre quando a bola sai pela linha de baliza tendo sido o ultimo jogador a tocar um defesa (excepto o guarda-redes) e é realizado com um pé sobre a marcação de canto; lançamento de baliza, quando a bola sai pela linha de baliza tendo sido o ultimo jogador a tocar um atacante ou o guarda-redes, a bola é passada pelo guarda-redes em qualquer parte da sua área.
* Não há limite de substituições por jogo.
* As acções consideradas falta resultam num lançamento livre. Os jogadores defensores têm de estar no minimo a 3m do local da marcação. Se a falta ocorrer entre a linha de 6m e 9m, a falta é marcada de igual maneira mas sobre a linha de 9m. È permitido marcar as faltas directamente para a baliza. Quando um jogador sofre falta em situação manifesta de golo ou um defesa viola a área do guarda-redes é marcado um livre de 7m. Este marca-se na marca de 7m directamente para a baliza.
* A bola só pode ser jogada com as mãos, caso contrario é falta. Também não é permitido ficar com a bola na mão mais de 3 segundos consecutivos.
* Um jogador não pode dar mais de três passos com a bola na mão sem driblar.
* Não se podem fazer dois dribles consecutivos, ou seja, driblar a bola, agarrá-la e voltar a driblar. Não se pode driblar com as duas mãos em simultâneo.
* O arbitro pode sancionar os jogadores com: advertência (amarelo), exclusão (2 minutos), desqualificação (vermelho, acumulação de exclusões, máx.3) ou expulsão directa (vermelho com cruzeta).


Aqui estão as regras básicas do andebol! como vês não são difíceis! Se és jovem e gostas de desporto, dirige-te ao teu clube local e vai Experimentar…!!!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Princípios Básicos para Competições de Base, Lucas Leonardo

Princípios Básicos para Competições de Base
9 dezembro 2010 por Lucas Leonardo

Olá!
Este não será um artigo longo, tratarei nele apenas uma inquietação que tive agora a pouco, pensando “cá com meus botões”.
Quando falamos de competições de base, voltado para crianças em períodos da iniciação, temos que nos remeter a alguns cuidados, ou melhor, refletir sobre alguns vícios que trazemos conosco.
Um vício comum é pensar em competição apenas pelo viés do resultado de quadra. Ou seja, inscrevo minha equipe para vencer, e pensando nisso, farei o que for possível para conseguir a conquista. Um reflexo deste pensamento é inscrever 14 alunos/atletas, para uma competição, mas utilizar apenas 7 ou 8 desses alunos ao longo de todos os jogos. Isso está de acordo com o caráter formativo?
Outros vícios bastante comuns são: (1) visando ensinar o handebol para as crianças, transformar o ambiente de jogo em um momento cercado de valores tradicionais, tais como a famosa preleção “motivacional” pré-jogo, (2) jogar estruturalmente e funcionalmente de acordo com o que aparenta existir nos modelos de alto rendimento, proporcionando uma dinâmica de jogo estereotipada do jogo do adulto, enfatizando, desde muito cedo especialidades para cada aluno, criando uma estrutura de jogo demasiadamente fixa e padronizada, (3) além de desenvolver uma dependência muito grande do professor, deixando o desenvolvimento da autonomia para tomar decisões na quadra, através de uma postura de professor “dono da verdade” que manipula seus “bonequinhos” como fazem os militares ao desenvolver táticas de guerra.
Vícios como esses devem ser definitivamente banidos do processo educacional. Não pode existir no ambiente competitivo de base. A final, quem é o protagonista deste momento? A equipe vitoriosa, apenas? O melhor professor, que comanda sua equipe de forma a levá-la à vitória? Ou o aluno, que tem que ter o direito de exercer sua função de protagonista, participando da competição?
Para isso, existem princípios que balizam a ação pedagógica de um “esporte para todos”, que podem muito bem ser transferidas para um ambiente competitivo de base, que deve ser extremamente pedagógico.
Para o professor João Batista Freire (@jbfreire), existem 4 princípios que devem balizar a ação educativa quando falamos do esporte, princípios estes balizadores de um projeto que considero pioneiro nas discussões sobre o “esporte educacional”, que é o Instituto Esporte Educação (visite o site), conforme aparece na figura abaixo:

Figura 1. Metodologia Triangular para o Ensino do Esporte Educacional (Fonte: IEE)
Entendendo cada um dos princípios quando falamos de Competições Pedagógicas para a base:

1.Ensinar esporte para todos – é de fundamental importância que competições pedagógicas pensem em seu regulamento, ou que o professor tenha a conduta ética, em proporcionar a participação equitativa de seus alunos. Isso fomenta um aspecto importante: todos participam e todos aprendem através da possibilidade de serem inseridos no jogo.

2.Ensinar bem esporte para todos – Não basta ensinar bem apenas aquele que é julgado como um talento nato. Ensinar bem esporte para todos significa possibilitar que todos tenham atenção pedagógica. Todos seus alunos participarão das competições pedagógicas (primeiro princípio), logo, todos devem aprender bem, para se sentirem bem quando jogam e quando competem.

3.Ensinar a gostar de esportes – Você consegue imaginar uma criança que joga sendo comandada por um professor como alguém que terá prazer em jogar? Quando jogam, as crianças devem experimentar a liberdade, pois através da liberdade elas passarão a gostar de jogar. Assim, a postura do professor deverá educar para a autonomia e liberdade, mediando os conflitos do jogo e não comandando crianças como se fossem robôs. Você consegue imaginar uma criança que vai para um jogo e não entra na quadra como alguém que gostará de esportes? Novamente os dois primeiros princípios são fundamentais, pois a participação na competição, pautada em um processo de um bom ensino do esporte, proporcionará à criança gostar do esporte que está jogando.

4.Ensinar mais do que esporte para todos – Uma competição pedagógica deve ser um ambiente de aprendizado para além do esporte. Existem estratégias interessantes, por exemplo, para que haja maior interação social entre as crianças, como o desenvolvimento de gincanas entre os jogos, em que as equipes se misturam e brincam, ou mesmo propondo atividades cooperativas, em que todos tenham que atingir objetivos comuns, colaborando uns com os outros, mesmo sendo de equipes diferentes. Pode ser estimulada a democracia, desenvolvendo um sistema de votação em que alunos, árbitros, professores e pais possam votar nos destaques das competições, de forma que todos os votos sejam paritários, mostrando às crianças a importância de votarem conscientemente nos nomes que serão os destaques, além de proporcionar a aproximação de crianças de equipes diferentes, no caso de uma criança da equipe A querer votar numa criança da equipe C, tendo que descobrir o nome dela, perguntando diretamente a ela, ou aos colegas da outra equipe. Podem-se estimular valores como de justiça e ética, através de uma postura dos professores diferente daquela tradicional, sem reclamações absurdas com árbitros, sem exposição da criança a situações de desconforto e mesmo, educando as crianças sobre o comportamento delas com os colegas da outra equipe e com a arbitragem.
Seguindo princípios como esses, uma competição de base pode ser considerada, por excelência, como uma competição pedagógica.

Peço a professores de escolas de ensino fundamental I e II, além de professores de iniciação esportiva (não só de handebol) que pensem sobre esses princípios e busquem utilizá-los no seu dia a dia de competições. Se não for pela própria regra da competição, que seja pela sua ética enquanto educador.